Sem apetite! Este é o significado literal de anorexia. A nervosa (AN) corresponde a uma disfunção comportamental com desvio dos hábitos alimentares, e que se expressa por rejeição exagerada em manter o peso corporal acima de valores mínimos aceitos para determinada idade ou altura.
Sua condição é extremamente perigosa, pois as pessoas acometidas se privam intencionalmente de alimentos e podem literalmente morrer numa tentativa doentia de manter-se como o que consideram “magras”. A anorexia nervosa costuma ter inicio na adolescência. Epidemiologicamente, cerca de 95% são mulheres e 5% homens. Desse total, 95% são homosexuais.
Segundo um estudo americano publicado na edição de junho do Jornal da Associação Médica Americana, os antidepressivos podem ser inócuos no tratamento da anorexia nervosa. Para o pesquisador Timothy Walsh, as descobertas atuais, juntamente com as de estudos publicados anteriormente, indicam que a prática comum de prescrever medicamentos antidepressivos não traz benefícios para a maioria dos pacientes com anorexia nervosa.
De acordo com Péricles Maranhão, os medicamentos anti-depressivos não são a única possibilidade terapêutica mas devem ser considerados após reaquisição de parte do peso perdido, quando os efeitos psicológicos da má nutrição estiverem resolvidos, pois ajudam a manter o ganho ponderal. Adicionalmente, os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são úteis reduzindo a compulsividade nos pacientes com restrição alimentar e diminuindo a impulsividade nos casos de ingestão de grandes volumes com provocação da eliminação dos mesmos.
Apesar do ganho ponderado ocorrer rapidamente uma vez iniciado o tratamento, a recuperação completa pode levar alguns anos. Com tratamento, cerca 45% dos pacientes apresentam excelente resultado, 30% melhoram consideravelmente, 20% continuam seriamente comprometidos pela doença e de 2 a 10% dos acometidos morrem em decorrência da desnutrição ou por suicídio.
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