Uma equipa de investigadores descobriu uma relação entre a obesidade e a perda de capacidade de memória ao comparar desempenhos intelectuais de pessoas com peso excessivo e normal, informa hoje a revista Neurology.
Alguns estudos já tinham sugerido uma ligação entre obesidade e doenças senis, geralmente numa fase avançada de cada uma destas perturbações.
Mas desta vez, uma equipa de investigadores franceses observou uma relação linear entre excesso de peso e capacidades cognitivas numa fase mais precoce, numa população adulta de meia-idade e saudável.
No estudo foi analisado o índice de massa corporal (IMC) e os desempenhos em provas de memória, atenção e velocidade de tratamento de informações numa população de 2.223 homens e mulheres de 32 a 62 anos e boa saúde.
A recolha de dados ocorreu entre 1996 e 2001, no âmbito de um estudo mais geral francês sobre envelhecimento, saúde e trabalho.
O IMC é um índice de corpulência resultante da relação entre o peso e altura. É normal quando se situa entre 18,5 e 25 Kg/m2 (quilogramas por metro quadrado), e indica obesidade a partir de 30.
No conjunto dos testes, os desempenhos das pessoas com IMC elevado foram inferiores aos dos indivíduos com menos IMC.
Por exemplo, em testes de memória, os voluntários com IMC igual a 20 recordaram-se em média de nove palavras em 16, enquanto que os tinham IMC igual a 30 retiveram apenas sete.
Além disso, o excesso de peso ou a obesidade (IMC elevados) pareceram também associados a um ligeiro declínio da memória num período de cinco anos.
A relação entre a obesidade e as funções intelectuais «poderá explicar-se pela acção de substâncias segregadas pelas células adiposas no tecido neuronal ou pelas consequências vasculares da obesidade, já postas em causa em determinadas demências», segundo os investigadores.
Consideram, no entanto, que estes resultados devem ser interpretados com «prudência» até poderem ser verificados num período mais prolongado.
Estes «trabalhos permitem entrever a possibilidade de prevenir o envelhecimento mental agindo precocemente sobre os vários factores de perturbação do comportamento alimentar e do metabolismo».
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=245996
Alguns estudos já tinham sugerido uma ligação entre obesidade e doenças senis, geralmente numa fase avançada de cada uma destas perturbações.
Mas desta vez, uma equipa de investigadores franceses observou uma relação linear entre excesso de peso e capacidades cognitivas numa fase mais precoce, numa população adulta de meia-idade e saudável.
No estudo foi analisado o índice de massa corporal (IMC) e os desempenhos em provas de memória, atenção e velocidade de tratamento de informações numa população de 2.223 homens e mulheres de 32 a 62 anos e boa saúde.
A recolha de dados ocorreu entre 1996 e 2001, no âmbito de um estudo mais geral francês sobre envelhecimento, saúde e trabalho.
O IMC é um índice de corpulência resultante da relação entre o peso e altura. É normal quando se situa entre 18,5 e 25 Kg/m2 (quilogramas por metro quadrado), e indica obesidade a partir de 30.
No conjunto dos testes, os desempenhos das pessoas com IMC elevado foram inferiores aos dos indivíduos com menos IMC.
Por exemplo, em testes de memória, os voluntários com IMC igual a 20 recordaram-se em média de nove palavras em 16, enquanto que os tinham IMC igual a 30 retiveram apenas sete.
Além disso, o excesso de peso ou a obesidade (IMC elevados) pareceram também associados a um ligeiro declínio da memória num período de cinco anos.
A relação entre a obesidade e as funções intelectuais «poderá explicar-se pela acção de substâncias segregadas pelas células adiposas no tecido neuronal ou pelas consequências vasculares da obesidade, já postas em causa em determinadas demências», segundo os investigadores.
Consideram, no entanto, que estes resultados devem ser interpretados com «prudência» até poderem ser verificados num período mais prolongado.
Estes «trabalhos permitem entrever a possibilidade de prevenir o envelhecimento mental agindo precocemente sobre os vários factores de perturbação do comportamento alimentar e do metabolismo».
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=245996
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